1. |
Segunda-Feira 13
04:14
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Pesa-me pensar, na ida torta da vida
Vida és tu que me projetas o pesar
Pesar dois gramas e meio, de mão meio cheia
Por estar, por estar a rebentar?
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Rebentar cinzento, que me tolda o pensamento
Sobre o momento
Momento ilusionista, faz-te ser egoísta
Num momento a dois
E depois?
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Termina ao começar
(spoken word)
Já fechaste os olhos, com a esperança de ir mas afinal não vais?
Já foste mais que homem, foste crescido mas estavas num sitio qualquer onde
acabaste despido, no ato, tão corrompido ao perto tão nu, que tu deixaste de
ser tu, deixaste de existir.
E no meio de tanta escuridão o único clarão era uma luz no fundo de um túnel
infinito?
Ser feliz é mito...
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Tão vida, tão torta, tão morta que se é contida
Termina ao começar
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2. |
Modorra
04:54
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Corri até perder a meta de vista
Sou artista na arte de não saber ser alguém
Fiquei aquém do que merecia, por desdém, porque não convém
Por nada em especial, e ninguém levou a mal
Quieta, calada, sublime
Já não há emoção
Se fui firme na desgraça dos teus
Tu foste Deus, na ausência de outros ao cargo
Tive mais barriga que olhos no que chamam de amanhã e determinada a
constante,
Fui amante sem nunca mostrar nada
A emoção estava ao longe sentada.
Quieta, calada, sublime, sublime, sublime
Já não há emoção
De genuíno não tens nada
Já não há emoção
De genuíno não tens nada
Esta merda marada
Já não há emoção
Já não há emoção
De genuíno não tens nada
Já não há emoção
De genuíno não tens nada
Esta merda marada
Hoje é dia?
Hoje é dia?
Já não há emoção
Já não há emoção
Hoje é dia?
Já não há emoção
Já não há emoção
Já não há emoção
Já não há emoção
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3. |
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Leve levemente como quem chama por mim
Fundido na bruma no nevoeiro sem fim
Uma ideia brilhante cintila no escuro um odor
A tensão do medo puro
Salto o muro, cuidado com o cão
Vejo onde ponho o pé, iço-me a mão
Encosto ao vidro um anel de brilhantes
É de fancaria a fingir diamantes
Salto a janela com muita atenção
Ponho-me à escuta, bate-me o coração
Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous
Porta atrás porta pelo corredor
O foco de luz no ultimo estertor
No espelho um esgar, um sorriso cruel
Atrás da ultima porta a cama de dossel
Salto para cima experimento o colchão
Onde era sangue é só solidão
Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous
Os meus amigos enterrados no jardim
E agora mais ninguém confia em mim
Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous
Era só para brincar ao cinema negro
Os corpos no lago eram de gente no desemprego
(Original de G.N.R.)
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4. |
Mastigar Impuro
04:33
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Ele um homem cru
Preso a uma verdade escondida
Despida de preceito de jeito sequer
A sua vida contida
Cantava uma cantiga bandida
É convidava ao seu jeito melancólico e vazio
Mastigar impuro
Novamente a cantiga
Bandida, contida afinal
E o mal que perverso
É o tal daquele verso
Melancólico e vazio
A noite rasgava incerta o tempo
E num momento qualquer
Jazia inerte a verdade
A amada consumada e ausente
E a tal da cantiga roubava num gole a vida
A mais uma alma perdida
Roubava num gole a vida
A mais uma alma perdida
Mastigar impuro
Novamente a cantiga
Bandida, contida afinal
E o mal que perverso
É o tal daquele verso
Melancólico e vazio
Mastigar impuro
Novamente a cantiga
Bandida, contida afinal
E o mal que perverso
É o tal daquele verso
Melancólico e vazio
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RARA Lisbon, Portugal
RARA é natural de Lisboa. Composto por Andreia Carreiras na voz, Sérgio Borges na guitarra, Diogo Melo nos sintetizadores, Pedro Sereno no baixo e Bruno Coelho na bateria.O projeto maioritariamente rock nasce da harmonia entre os exóticos teclados e o calor sublime do baixo. Queremos apenas tornar a partilha intensa, livre e rara. ... more
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